Ana Krueger

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Uma vez comecei a contar minha história de amor com a corrida lá no meu blog. Ela é antiga… Vem do tempo da educação física escolar ainda. Sempre gostei muito de esportes e pratiquei de tudo um pouco na vida. A paixão foi tanta, que virou profissão!

A época da faculdade foi riquíssima em experimentos: ginástica olímpica, natação, futebol, danças, atletismo… Mas ainda não foi nessa época em que meu coração se rendeu à corrida!
Anos depois da minha mudança, começou a curiosidade. Eu via muitas pessoas praticando corrida ao ar livre aqui na cidade e, aos poucos fui me rendendo… Começou com caminhadas, trotes e os treinamentos foram se intensificando conforme os desejos dos alunos foram aumentando. E a cada km que passava, a paixão ia aumentando. As primeiras competições foram aparecendo: 5km, 10km…  Até o dia que o tema meia-maratona surgiu. Seria possível? Foi!! Além de estar totalmente fascinada com o poder daquela endorfina eu também estava encantada com o mundo das competições.

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Mas com o tempo começaram a aparecer alguns problemas de saúde. Eu tinha descoberto há alguns anos atrás que tinha asma alérgica. Nada que impossibilitasse o esporte.

Com o tempo, ao invés de diminuir, as crises só aumentavam. E começaram atrapalhar meus treinos, minha vida pessoal e profissional. Eu estava com objetivos ambiciosos e, não conseguia correr 20 minutos sem ter que parar pra usar bombinha! Sair pra treinar era um verdadeiro martírio. Eu voltava pra casa pior do que saía. Eu ia ao médico e nada dava conta de domar aqueles ataques de asma. Era terrível, física e psicologicamente. A tristeza tomou conta da minha vida. Como eu poderia parar com algo que me dava tanto prazer? Estava totalmente desmotivada até encontrar a causa do meu problema: minha alergia ia muito além da respiratória, eu também tinha alergias, intolerâncias alimentares e algumas complicações decorrentes! Meu corpo estava entrando em greve geral e a asma era a maneira que meu corpo encontrava de dizer que nada ia bem!!!

O começo do tratamento foi o período mais difícil e o mais desmotivante. Eu pensava muito em desistir da corrida de vez. Cada treino ruim, cada prova sofrida pesavam muito na cabeça. Mas o coração não queria desistir de algo que era tão bacana e me dava tanta alegria. Muitas amigas corredoras conversavam comigo, me motivavam a não parar até que veio a decisão silenciosa. Eu precisava vencer essa fase ruim de saúde e voltar a sentir o prazer na corrida.

Uma amiga insistia para eu me inscrever para a Maratona de Frankfurt junto com ela. Num ato de loucura, fui lá e me inscrevi.  Não tinha mais como voltar atrás!!!  Eu ainda teria meses pra me preparar e, minha decisão seria segredo até sentir que meu corpo estaria preparado para esse desafio.

Até que veio a prova determinante. Sabe aquelas que você entra meio sem saber o que ela será até se deparar com ela? Quando o negócio começou a apertar mesmo, eu só pensava em sair dali. Até o momento que descobri que o único jeito de chegar até o fim, era subindo. Eu encarei 24,4 km de subidas no meio de montanhas verdejantes e encontrei pessoas incríveis nesse percurso. Correndo, trotando, andando, batendo papo… Quando chegou o km final, veio a certeza. Não importa quanto tempo se leva pra chegar ao fim. O importante é o caminho! É o que se leva dele. Minha cabeça estava mais do que pronta pra encarar o desafio. Agora era hora de trabalhar o corpo!!!

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Foram 16 semanas de alegrias, incertezas, medo, diversão, cansaço. E no final daqueles 42,2km eu realmente entendi a verdade quando se diz que a pessoa que começa uma maratona não é a mesma que termina.

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Um dia antes, quando eu estava arrumando minhas coisas, eu tive praticamente uma crise nervosa de choro. Eu queria muito, muito mesmo. Chegar até a linha chegada significava pra mim muito mais que terminar uma prova. Pra mim significa deixar pra trás um período “de trevas” na minha vida. Eu tive o apoio das melhores pessoas que se pode ter no caminho. Meu marido, minha família, meus amigos, meu time.
Eu levei comigo durante as 5 horas que eu corri todas essas pessoas comigo no coração. Encontrei com muitas delas pelo caminho e senti todas as vibrações quem e mandaram. Em nenhum momento pensei em parar e desistir, mesmo tendo passado mal em alguns trechos do percurso. Quando eu passei pelo km 30, eu tive a certeza que nada mais atrapalharia meu caminho.

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E quando eu passei pela linha de chegada, o “Ziel” que eu tanto visualizei, eu não podia acreditar que eu tinha terminado. Eu chorei muito, daqueles de soluçar.

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E quando eu ganhei o abraço de uma outra corredora desconhecida, me dando parabéns, eu tive certeza. Aquele ciclo tinha ficado pra trás. Era hora de comemorar com os queridos!

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A corrida foi a melhor terapia que eu pude ter nesse tempo. Ela voltou a me fortalecer, me trouxe novos amigos, me levou coisas desnecessárias, me ensinou a aceitar melhor meus limites, me provou que perante o desafio somos todos iguais e que nunca, esse esporte será um esporte solitário. Tem como não amar a corrida???

Sobre Marília Gabriela

E aí, tudo ótimo com você? Maravilha, né? Se você chegou até aqui é porque está buscando junto comigo dar um SALTO QUÂNTICO na Evolução Espiritual! Porque gente boa se atrai! Entendeu? Eu sou a CorreGabs, seja muito bem-vindx, ao meu blog! 40 anos, corredora amadora desde 2010, Maratonista desde 27/07/14 e amante da vida saudável! Não espere muita coisa além de: corrida, roupas e acessórios para prática de esportes, agenda de corrida, academia, motivação para corrida, alimentação saudável e corrida! 😆 Na verdade vamos falar de tudo que envolve a expansão da consciência! Porque tá tudo conectado! Sigamos no caminho da luz! Namastê!

7 pensou em “Ana Krueger

  1. Minha amiga kika,
    sempre me emociono quando lembro dos perrengues q vc passou ate cruzar essa bendita chegada! Vc merece tudo de bom e mais um pouco! #tamojunta @projetolilika21k

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