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Célia Alves – #tenisesainha (Tênis e Sainha)
Sabe aquela história que tem tudo pra dar errado e no fim acaba dando certo? Então, o meu relacionamento com a corrida foi mais ou menos assim…
Era uma vez… eu!
Era uma vez uma princesa #sqn chamada Célia Alves hahahaahaha. Começando de novo, só que agora sério! Aos 30 anos de idade eu era totalmente sedentária, envolvida numa rotina frenética e enlouquecida de diretora de criação em uma agência de publicidade, à noite professora de faculdade, e nas horas vagas mãe de 3 filhos, filha, irmã, namorada e amiga.
Sempre fui magra, então nunca me preocupei em fazer nenhum exercício para manter a forma. Quando alguém tocava nesse assunto, a resposta já vinha pronta: “Não preciso e não tenho tempo pra fazer mais nada”, e ponto final.
Foi então que comecei a perceber a gravidade fazendo efeito na frente do espelho (choque!), então resolvi ir para a academia às 6h da manhã, pois era o único horário que eu tinha livre. No começo, aquilo era uma tortura… acordar às 5h30m era algo inimaginável para mim – praticamente uma Bela Adormecida cuiabana que adorava dormir tarde depois de um happy hour e uma baladinha com “azamiga”.
Mas era um mal necessário! Meu corpo começou a se adaptar ao horário, então nos dias que eu não ia para a academia arriscava fazer uma caminhada ao redor do quarteirão, mas correr nem pensar!
Eis que um dia minha cunhada Karinna, que já corria há algum tempo, me ligou fazendo uma proposta indecente: “Vamos correr a corrida da Polícia Militar? Vou fazer sua inscrição, ok?”. Nem tive tempo de negar. Na hora pensei: “ahhh, ela vai acabar esquecendo disso!” então concordei. Mas ela não esqueceu! Me ligava, chamava pra treinar, pra fazer o percurso, mas eu enrolava e acabei treinando com ela umas 3 vezes, fazendo no máximo 5 km. O domingo chegou, com 10 km pela frente, e eu quase morri! Sério… foi traumatizante! Calor básico de Cuiabrasa – 34 graus na sombra. Trajeto cheio de subidas. Meu namorado ficou na metade do percurso para me entregar isotônico e quando o vi pensei “vou ficar por aqui mesmo”, mas ele veio correndo, todo feliz e orgulhoso, me acompanhando para eu não perder o ritmo, fiquei tão envergonhada de desistir que continuei. É claro que fui uma das últimas a chegar, não me lembro ao certo, mas acho que fiz os 10 km em 1h40m, ouvia de vez em quando o carro de bombeiro que vinha atrás recolhendo os desistentes, daí apertava o passo um pouquinho e ia em frente.
Prometi que nunca mais me metia nessas “furadas”, mas na próxima corrida lá
estava eu de novo, arrastada pela “cunhadaloucadascorridas”.
Assim as corridas foram ficando mais frequentes, e quando eu estava tomando gosto pela coisa, surgiu um vilão na minha vida: o joelho maldito. Ahhhhhh, toda história tem que ter uma mocinha e um bandido, sendo assim ele chegou “causando”, querendo destruir meu caso de amor com as pistas. Pausa nos treinos, fortalecimento na academia e o danado foi me deixando em paz aos poucos.
Decidi fazer a Meia do Rio em 2013, e como minha cunhada engravidou, decidi ir sozinha mesmo. Treinava sozinha, sem assessoria, seguindo planilhas de internet e de revistas especializadas, mas sem orientação profissional. Fiz longões aos fins de semana até chegar aos 20 km, e deu tudo certo! O Rio de Janeiro amanheceu lindo, com um sol de 30 graus derretendo o asfalto e secando minhas lágrimas de emoção.
Chorei várias vezes durante o percurso, me emocionei com a quantidade de pessoas na largada, vibrei com a música alta e o jogo de luzes no túnel, senti a energia da galera e agradeci a força que Deus me deu para enfrentar esse desafio sozinha. Quando avistei Cairo, meu namorido lindo, na chegada, foram só lágrimas de felicidade. Sem palavras! Concluí a prova em 2h14m.
De lá pra cá fiquei impossível kkkkk, viciei pela adrenalina e entrei para uma assessoria esportiva, a família MTFitrun, onde tenho aprendido muito com o “meu malvado favorito” prof. Valdecarlos.
Fomos juntos para a Volta à Ilha onde fiz 2 trechos lindíssimos na praia, e agora minha vontade é não parar nunca mais!
Estabeleci novas metas e treinos para a Meia do Rio em 2014, mas o bandido do joelho voltou a contra-atacar 2 meses antes da prova. Fiquei 40 dias sem correr, fortalecendo com bike e academia…
… e consegui concluir a prova em 2h09m.
Hoje incluí o Pilates também no meu dia a dia e não tenho sentido mais dores no joelho (amém!). Meus próximos desafios são a Golden 4 em Brasília – onde pretendo fazer sub 2h se Deus quiser e o joelho deixar! – Ultramacho 30k em Nobres (22km de bike, 3km de duck e 5km corrida na trilha) e a São Silvestre em São Paulo.
Não tenho a pretensão nem a ousadia de ser uma atleta – até porque minha tendinite patelar não permite – corro para me divertir e ser feliz.
Correr me deu um brilho nos olhos especial, me presenteou com um corpinho de 20 com experiência de 35 kkk, e eu queria compartilhar isso com as pessoas, por isso criei em Setembro de 2013 o perfil @tenisesainha no Instagram. Era para ser um espaço meu, um desabafo, pra falar sobre o que eu gosto e incentivar meus amigos a um estilo de vida mais feliz e saudável. Mas o perfil cresceu muito mais do que eu esperava, ultrapassou as barreiras das amizades “reais” e alcançou milhares de amigos virtuais, alguns já desvirtualizados como a Gabs e os meus amados #quenianosdoig.
Conheci pessoas maravilhosas através da corrida, que torcem por mim, entendem minhas dificuldades, acompanham meus treinos, dividem comigo suas angústias e conquistas, e o mais legal: fazem o papel de mola propulsora na minha vida, me impulsionando cada vez mais.
Adoro acordar cedo e encontrar as #divasmtfitrun lindas, coloridas e falantes, e também os #tenisecueca do grupo, enquanto eu “pego no tranco” para dar um sorriso kkkk.
Tento também incentivar meus filhos e namorido a praticarem atividades físicas, tenho que arrastá-los, confesso! Kkk mas nossos momentos de slack line e bike são deliciosos e únicos, essenciais para fortalecer ainda mais nossa família.
E por falar em família, este ano ganhamos uma nova integrante que me ajudou muito enquanto estava machucada, a Kate – minha filha border collie, fiel escudeira de selfie e parceira de 4 patas que aprendeu a correr e está sempre pronta pra me acompanhar nas pequenas distâncias.
Somos cara de uma, focinho da outra!
Bem, é isso! Acho que já falei (escrevi) demais, mania de redatora publicitária!
Minha história de amor pela corrida não tem nenhum ponto alto de superação, nenhum modelo a ser seguido, nenhuma fórmula mágica. Ela é bem simples, como a de milhares de corredores amadores desconhecidos, que acordam antes do sol nascer, se orgulham de baixar 5 segundos no pace “tartaruga ninja”, trabalham durante o dia todo, dormem com dores nas articulações, juntam seu dinheirinho para viajar e participar de corridas… mas vibram como profissionais em cada chegada, guardam suas medalhas como tesouros e enchem os olhos de lágrima ao se imaginar bem velhinhos correndo e se superando, felizes para sempre.
Célia Alves
Que milagre!!! Uma pessoa que não começou a correr depois de engordar!
Célia, parabéns pela determinação!!!
Mas como pode dizer que sua história não é de superação?
Saiu do sedentarismo, e tá aí enfrentando meias (e vai dar Sub-2h em BSB dia 09.11 SIM!!!), vai fazer esse Ultramacho que parece ser bem bruto…e vem pra São Silvestre!!! (aliás, faço questão de desvirtualizar a amizade com você…e se trouxer a Kate quero vê-la também…babo nas fotos suas com ela!!! *o*)
Beeeijo!!!
Obrigada Cris!!! Espero desvirtualizar nossa amizade em breve. Obrigada pelo carinho, bjuuus!!!
Vamos para o Rio em 2015????????????
Certezaaaaaaaa Ciça, estaremos lá ” gazelando” juntas!!! bjus
Célia!!! Como já falei adorei seu texto, sua história! Você é uma redatora show! Força guerreira! Em breve seu record por aqui! Beijos @carol_corredora
obrigadaaaa gata linda e querida Carol… até a Golden, bjuuusss!!!
Sua bacana sua história, Célia… tudo de bom pra vc e sua linda família!!!
Bjkssss, saúde e paz!!!
Chorei…
Tão lindo ouvir histórias como essa, de como a corrida arrebata os nossos corações!
E não é só pq ela nos deixa com o corpo sequinho, ou pq gera uma endorfina louca nos enchendo de alegria….a corrida é mais…muito mais do que isso!
São os amigos que ela nos traz, são milhares de histórias de superação e inspiração, é um estilo de vida feliz, que enche o coração, a cada pace baixado, cada dor superada, cada k na conta, cada local fantástico que nos leva para percorrer,cada energia que experimentamos nas corridas…
Obrigada por compartilhar sua história!Beijos!
Adorei sua história… me fez chorar e rir pq me identifiquei com um bando de coisas! Parabéns pela persistência! =)