Bom, minha história não tem muito glamour. A corrida não me salvou de nada, embora acabe mudando bastante a nossa rotina.
Sempre gostei de fazer academia, e quando eu morava no Rio era a atividade que eu praticava. Nunca havia corrido até então. Fazia estágio em uma empresa que incentivava a participação em algumas corridas de rua pagando metade da inscrição e dando apoio de tenda no dia da prova. Atraída basicamente pelo kit do Circuito das Estações Adidas, me inscrevi para uma provinha de 5 km no Aterro (ano 2009) nesse esquema da empresa. Chegando o dia, fui lá e corri 5 km. Morri, evidentemente, mas gostei da energia do evento. Na próxima, levei a minha mãe que também gostou. E meu pai, não querendo ficar de fora, logo também entrou pra brincadeira.
Fiquei uns 2 anos nesse esquema. Só participava de prova e não treinava. Então na prática corria umas 2 vezes por mês nessas corridas de 5 km, e me achava uma super atleta.
Fui morar em Três Lagoas – MS e lá praticamente não tem prova… E quando eu ia pro Rio ou viajava pra alguma cidade pra correr, meu rendimento despencou. Em 2012 resolvi então a começar a treinar, e assim o fiz com uma treinadora que é atleta de alto rendimento, que me colocava pra correr na areia e demais selvagerias. Meus resultados deram um salto impressionante e comecei a pegar gosto pela coisa e adquirir disciplina em treinar. Acabei me mudando de Três Lagoas, e nesse meio tempo treinei com duas outras assessorias. Conheci MUITA gente por causa da corrida, mudei meus hábitos de vida e muito me diverti…
Mas eu era bem imatura e queria abraçar o mundo com as pernas. Participava de prova quase todo fim de semana, patinava, nadava, pedalava e ainda queria ser maromba. E o resultado dessa brincadeira apareceu no início de 2014 quando pela primeira vez me lesionei. O joelho me afastou das pistas e por um momento acabei achando que minha amadora vida de corredora acabava ali.
Só que com essas turbulências acabei procurando uma treinadora que havia participado da minha equipe na Volta à Ilha em 2013. A Gisele Campoli (G+ Treinamento Esportivo) realmente me fez acreditar que seria possível voltar.
Depois de um período intenso de fortalecimento, fui voltando aos poucos e mais forte… Foi uma parceria de muito sucesso, porque me adaptei totalmente ao estilo de treino dela e resultados que nunca imaginei começaram a aparecer. Hoje acredito que estou mais madura, mais equilibrada e disciplinada no esporte. Consigo também equilibrar a corrida com a natação, minha outra paixão e terapia.
Tenho uma rotina de treinos, alimentação regrada e posso dizer que sou muito feliz com isso. Acho curioso que algumas pessoas acham que eu SOFRO por ser assim, mas muito pelo contrário. É algo que faço com prazer. E acho muito pertinente todos descobrirem qual a sua motivação na corrida. Uns curtem mais correr por social, outros já gostam de performance (que é meu caso) e outros querem emagrecer apenas. E mais importante ainda é respeitar essa diversidade. A energia que o esporte traz na nossa vida tem que ser de positividade. Eu sou eternamente grata a todas as pessoas sensacionais que a corrida me apresentou, pelos momentos de aprendizado, superação que vivenciei e pelos lugares que conheci.
[cincopa AIBAbScViRRT]
Showw…linda história, lindo depoimento e atleta que me mostrou como é gostoso treinar.
Uma das pessoas mais maravilhosas que a corrida me apresentou!!!
Parabéns Lu, merecido ter sua história no blog…A gente se vê por ai, em algum lugar…correndo!