Meu nome é Tadeu Pinto, sou carioca, mas moro em Brasília. Tenho 23 anos e estudo Comunicação Social. Eu nasci prematuro de seis meses e meio e, por uma falta de oxigenação no cérebro, tive paralisia cerebral.
Tive algumas sequelas, como por exemplo: a minha perna direita não se desenvolveu como a esquerda, por conta disso eu passei por 15 cirurgias e 10 anos seguidos de fisioterapia.
Por isso também, sempre tive que praticar esportes fosse futebol ou qualquer outro sob a ameaça de atrofia da minha perna direita, caso não fizesse esporte algum.
Paralelas ao tratamento, estavam as mudanças de cidade em decorrência da carreira do meu pai, mas, independentemente do endereço, acompanhei a satisfação dos meus pais em praticar atividades físicas. Isso fez com que eu começasse a questionar a minha própria capacidade.
Foi aí que decidi correr também.
Meu pai me apresentou ao pessoal do Corredores do Distrito Federal e, agora, corremos todo fim de semana.
A minha história com corridas começou há cerca de três anos porque meus pais são corredores, eu achei também que deveria correr e acabou, inclusive, se tornando um tratamento.
Confesso também que a corrida surgiu pra me fazer acreditar que podia dar certo algum esporte, porque todos que eu comecei eu sempre saí, nunca me encaixei e esse nosso meio dos corredores é muito bacana e cada um tem a sua história.
As dificuldades físicas que tive e que tenho não me impedem de correr e eu só vicio mais no esporte. Agora o desafio, depois de todas as distâncias já feitas é a maratona.
A força de vontade, o apoio familiar e a autoconfiança fazem com que eu encare minha condição com “naturalidade”. Toda essa situação foi extremamente positiva para mim e para a minha família. É um aprendizado diário de que problemas graves têm, sim solução.
Eu deixo de reclamar de muita coisa porque sei o que eu passei. É uma simples questão de encarar as adversidades da vida, sem se sentir diminuído ou desfavorecido. Eu nunca fui tratado como um deficiente físico. Meus pais sempre fizeram questão de me tratar como o meu irmão.
Aqui tem uma matéria que o Jornal “Correio Brasiliense” fez comigo!
Eu tentei ir ao encontro de vocês no Rio na maratona, mas não deu, apesar da entrega dos Kits ter sido perto da minha casa lá. Mas não é problema! Nos vemos em alguma corrida!
Grande abraço. Parabéns pelo trabalho.
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